Estive pensativa sobre os dias que se passaram com a pandemia. A rotina me envolve por emoções e sentimentos contrastantes que oscilam entre alegrias e tristezas, otimismos e angústias. Das alegrias de se estar mais de um ano em casa, me sinto bem em ter realizado muitas tarefas profissionais e pessoais, conhecido pessoas incríveis que talvez nunca conheceria se não fosse a pandemia, de ter lido com frequência e aprendido coisas novas, de estar quase terminando o mestrado, começado um novo hobby — alou bordado! Cozinhar receitas novas, cuidar das minhas plantas, passar tempo com meu gatim, ver o espaço se modificar e perceber o quanto muita coisa se transformou. Porém, apesar de o conforto e dos pequenos prazeres de se estar em casa às vezes o tédio aparece com força e me lembra das tristezas que o isolamento trouxe. Penso na minha família, na saudade dos meus avós que não vejo desde que a pandemia começou, de sair com os amigos, de não estar tão exausta desse governo, de ir num restaurante de boas, num show, conversar, contar os perregues, distrair um pouco da rotina, e principalmente, sair da toca. Tem dias que eu só quero sair de casa, ver as pessoas, tomar um ar, então pego a minha bicicleta e saio andando pelo bairro. Fico na vontade de voltar a ver as pessoas, marcar um rolê despreocupado, desaprender a ficar tanto tempo em casa e voltar a socializar. Após tanto tempo em casa sinto dificuldade em voltar a sair. Nesse tempo, me afastei de muita gente querida e de amigos que não falo há meses. Fico ensaiando uma mensagem, um convite para chamar os amigos que eu gosto para sair, recusei alguns convites, deixo para mandar mensagem depois e acabo não mandando. Estou num ciclo seguido de me agarrar aos prazeres do lar e adiar os reencontros
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MAPA DAS EMOÇÕES
No início de 2020, o mundo foi surpreendido pela pandemia de COVID-19. Diversas esferas de nossas vidas foram atravessadas pela presença de um novo vírus, suas variantes, pelas máscaras e a busca incessante por vacinas. Nossas rotinas de vida, lazer, estudos e trabalho foram transformadas bruscamente e, de repente, passamos a viver outras experiências marcadas por novas emoções diante de uma doença desconhecida.
Tais experiências geraram sentimentos que ainda estão a permear o nosso cotidiano e apontam para as nossas pequenas histórias de enfrentamento dos desafios que surgiram nesse período. Como temos vivido, sobrevivido, existido nestes tempos pandêmicos?
Este é um convite para a partilha de histórias, relatos, crônicas, poemas dentre outros formatos, ficcionais ou não, a partir das suas vivências mediadas pelas emoções e sentimentos deflagrados pela pandemia.
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Leia as demais histórias e interaja com este mapa das emoções que nos coloca diante de importantes dimensões subjetivas da experiência com a pandemia
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